quinta-feira, 18 de agosto de 2016

"O tempo das solidariedades automáticas e das oposições sistemáticas não existe mais. Esse conforto acabou."

A notícia do menino sírio, coberto de sangue, nos jornais de hoje, me remeteram ao artigo do Lemond Brasil: “Como escapar da confusão política” (Maio, 2015, p.12/13), o qual descreve as políticas econômicas e suas alianças internacionais, fazendo a afirmação que intitula esse texto.

O conforto das oposições sistemáticas e apoios automáticos se foram. O que significa dizer, que ter uma compreensão do mundo coerente exige um esforço muito maior, devido às relações econômicas e de cooperação complexa estabelecidas internacionalmente.

É claro que para se revolta, entristecer, indignar e solidarizar com Omran, catatônico e coberto de sangue, não precisamos de uma leitura das relações internacionais, ainda bem.  Só precisamos de empatia, o que, diga-se de passagem, nos dias de hoje, é bem difícil também.

Em tempos de olimpíadas, no qual, o espírito olímpico seletivo e o ufanismo rechaçam posturas como a do lutador de judô egípcio que se negou a cumprimentar o “adversário” israelense. Faz-se necessário compreender as relações que acontecem no mundo e entender que o circo olímpico não acontece descolado da realidade das pessoas.


E como infelizmente sabemos, “o senhor da guerra não gosta de crianças”. 


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