A notícia do menino sírio,
coberto de sangue, nos jornais de hoje, me remeteram ao artigo do Lemond
Brasil: “Como escapar da confusão política” (Maio, 2015, p.12/13), o
qual descreve as políticas econômicas e suas alianças internacionais, fazendo a
afirmação que intitula esse texto.
O conforto das oposições
sistemáticas e apoios automáticos se foram. O que significa dizer, que ter uma
compreensão do mundo coerente exige um esforço muito maior, devido às relações
econômicas e de cooperação complexa estabelecidas internacionalmente.
É claro que para se
revolta, entristecer, indignar e solidarizar com Omran, catatônico e coberto de
sangue, não precisamos de uma leitura das relações internacionais, ainda bem.
Só precisamos de empatia, o que, diga-se de passagem, nos dias de hoje, é
bem difícil também.
Em tempos de olimpíadas,
no qual, o espírito olímpico seletivo e o ufanismo rechaçam posturas como a do
lutador de judô egípcio que se negou a cumprimentar o “adversário” israelense.
Faz-se necessário compreender as relações que acontecem no mundo e entender que
o circo olímpico não acontece descolado da realidade das pessoas.
E como infelizmente
sabemos, “o senhor da guerra não gosta de crianças”.
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