sábado, 15 de outubro de 2016

Dor

Perdi o meu amor, mas não foi um amor...
Foi o meu amor, aquele da vida!
O que você passa a vida inteira procurando...
Eu achei, mas o perdi... Minha culpa!

Hoje o que resta dele são lembranças.  
As quais aparecem nos lugares simples da vida:
Um ponto de ônibus, um comentário aleatório,
Ou em qualquer outra coisa do cotidiano.

Lá está a presença dela. Isso me machuca,
Entristece-me e por vezes, me faz chorar.
Essa dor lancinante me toma o corpo.

Contudo, tem horas que sinto que posso deixar ir,
Abrir-me ao mundo e seguir em frente...
Caminhar e deixar o caos da vida fluir em mim.

Mas não o faço, porque sou mesquinho...
Não quero perder mais nada dela, o pouco que me resta...
Se abrir mão disso, dessa dor. O que me sobra?
Acho que o sofrimento da tortura é melhor que a paz da ausência. 


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